sábado, 16 de outubro de 2010

A história do lápis


O menino olhava a avó escrevendo uma carta. A certa altura perguntou:
-Você está escrevendo uma história que aconteceu conosco? E, por acaso, é uma história sobre mim?
A avó parou a carta, sorriu, e comentou com o neto:
-Estou escrevendo sobre você, é verdade. Entretanto, mais importante do que as palavras é o lápis que estou usando. Gostaria que você fosse como ele, quando crescesse.
O menino olhou para o lápis, intrigado, e não viu nada de especial. E disse:
-Mas ele é igual a todos os lápis que vi em minha vida!
No entanto, a avó respondeu:
- Tudo depende do modo como você olha as coisas. Há cinco qualidades nele que se você conseguir mantê-las será sempre uma pessoa em paz com o mundo:

Primeira qualidade: você pode fazer grandes coisas, mas não deve esquecer nunca que existe uma Mão que guia seus passos. Essa mão nós chamamos de Deus, e Ele deve sempre conduzi-lo em direção à Sua vontade.

Segunda qualidade: de vez em quando eu preciso parar o que estou escrevendo, e usar o apontador. Isso faz com que o lápis sofra um pouco, mas no final, ele está mais afiado. Portanto, saiba suportar algumas dores, porque elas o farão ser uma pessoa melhor.

Terceira qualidade: o lápis sempre permite que usemos uma borracha para apagar aquilo que estava errado. Entenda que corrigir uma coisa que fizemos não é necessariamente algo mau, mas algo importante para nos manter no caminho da justiça.

Quarta qualidade: o que realmente importa no lápis não é a madeira ou sua forma exterior, mas o grafite que está dentro. Portanto, sempre cuide daquilo que acontece dentro de você.

Finalmente, a quinta qualidade do lápis: ele sempre deixa uma marca. Da mesma maneira, saiba que tudo que você fizer na vida, irá deixar traços, e procure ser consciente de cada ação.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

QUEM AMA ENCONTRA TEMPO

Os meus olhos anteciparam
as vigílias da noite,

para meditar

na tua palavra. (Sl 119:148)

O Padre Zezinho, um grande amigo meu, diz, em uma de suas canções: “Quem te ama te encontra um momento” Sim, e é verdade.

Muitos cristãos não abrem suas bíblias senão no dia do culto. E, nas igrejas onde o próprio texto é projetado na tela, ou distribuído impresso no boletim semanal, nem no final de semana as suas bíblias são abertas.

Conta-se que determinada irmã, visitada pelo pastor, reclamara da carestia de sua vida. Dizia que não tinha dinheiro para pagar as contas. O pastor, detentor de autoridade para doar verbas aos necessitados, preencheu um cheque e o colocou no texto de Mateus 6, na bíblia daquela irmã, e disse: “Deus irá suprir as suas necessidades, irmã. Releia, quando eu for embora, o texto que lhe li, Mateus 6.33”. A irmã agradeceu e o pastor foi embora. Seis meses depois o pastor retornou àquela casa, e a ladainha era a mesma: a irmã reclamava da falta de dinheiro. O pastor perguntou se ela lera o texto. Ela disse que várias vezes. Pegando a bíblia dela, o pastor encontrou o cheque, e disse: “A irmã tinha visto isto?” Envergonhada, confessou que não vira e nem lera a bíblia.

Deus sempre tem o suprimento de todas as nossas necessidades. Mas nós nos omitimos e não o buscamos. Achamos que Ele tem a obrigação de cuidar de nós, independentemente do que fazemos ou deixamos de fazer. Ledo engano! “Com o benigno, te mostras benigno; com o homem íntegro te mostras perfeito. Com o puro te mostras puro; mas com o perverso te mostras rígido.” (2Sm 22:26-27). Não se trata de acepção de pessoas, mas da lei de causa e efeito: quem procura, encontra.

O que fazemos quando temos um tempo livre? Passa pela nossa cabeça dedicarmos parte desse tempo para a oração, para a leitura bíblica, para a meditação nas coisas de Deus? Se isso nos ocorre, então nós somos dos que encontram tempo para o Senhor. E, com uma boa administração de nossa agenda, encontraremos um tempo diário, ou de algumas vezes na semana, para estar à sós com o Senhor. Teremos prazer de dedicar um tempo a Deus. Apreciaremos meditar na bíblia, cuidar das coisas do Senhor. Ninguém precisará instar conosco, pois esse desejo vem de dentro para fora. Por isso, quem não tem o Senhor por prioridade, é temporão: depois de um reavivamento, um acampamento cristão, volta muito consagrado, mas é de pouca duração. Cuidado, bem pode ser que sua vida é como a planta nascida nos pedregais: de pouca duração e condenada a secar-se.

O mais brilhante de tudo isso, porém, é que, quando nos dispomos a encontrar Deus, dedicando-lhe um tempo precioso (e não os restos, as sobras da agenda), ele se deixa ser encontrado, ele permite que o achemos. Então a sua presença nos encanta, nos alegra, nos emociona, nos enche de temor e tremor. O Seu Espírito Santo nos toca e nos dá poder tal, que somos capazes de ter vida, mesmo moribundos!

Creio que hoje é tempo de buscar a Deus. Se o amamos, lhe encontraremos um tempo. Se realmente desejamos algo mais que uma mera casca religiosa, então pagaremos o preço da consagração.

Encontre um tempo. Hoje é tempo!


Wagner Antonio de Araújo
Igreja Batista Boas Novas de Osasco SP
bnovas@uol.com.br
www.uniaonet.com/bnovas.htm

terça-feira, 12 de outubro de 2010

LAVE O ROSTO

Depois lavou o seu rosto, e saiu; e conteve-se, e disse: Ponde pão.
(Gn 43:31)


Essa atitude de José, filho de Jacó, tem muito a nos ensinar. Depois de chorar por ver seus irmãos após tantos anos de ausência, comer com eles e ainda não ter se dado a conhecer, fê-lo chorar de novo. Com isso, pressupomos que suas emoções devem ter alcançado um pico: sofreu, sentiu saudades, sentiu raiva, sentiu dó; quantas lembranças lhe vieram à mente, saudades da mãe, do pai, da infância. Tudo isso lhe fez chorar.

José é tão humano, tão normal, tão comum em suas reações, que sentimos grande simpatia por ele. Suas atitudes expressam exatamente como nos sentimos, como nos expressamos, como nos emocionamos. Eu nunca li o texto concernente à sua história, sem derramar uma ou outra lágrima.

Contudo, a elegância de José e a sua maneira de superar a crise, faz dele um dignatário da coroa de primeiro ministro, um elegante e brilhante líder. Diz o texto que ele não reteu suas lágrimas; antes, as derramou, como qualquer um de nós. Contudo, após a dor, lavou o rosto e foi comer. Não quis sentir-se de rosto ressecado por lágrimas ou manter-se no clima de tristeza. Ele lavou o rosto e mandou servirem pão.

Essa atitude muitas vezes nós não temos. Mantemo-nos numa situação de tristeza continuada, de emoção sem limites, de dor contínua e sufocante. Principalmente nos instantes em que perdemos alguém que nos era querido, ou um bom emprego, ou descobrimos estar com câncer, ou ao término de um namoro, noivado ou casamento. Há tantas situações que nos fazem chorar, e que, em sendo realimentadas, provocam rostos abatidos!

É preciso lavar o rosto. Isto é, não apenas a face, a pele, não apenas barbear-se (ou arrumar a barba), pentear o cabelo, cuidar dos dentes ou vestir-se adequadamente. É preciso lavar o rosto, virar a página, ser forte, ser homem, ser um filho do Rei. Há muito por fazer: há um mundo para ser conquistado, há um Jacó para ser trazido e sustentado por nosso trabalho e empenho; há uma família para manter, há uma profissão a desenvolver, há uma faculdade a terminar, há vidas a salvar, há uma carreira a explorar, há um futuro a desbravar.

Isto não é fácil. Se não lavarmos o rosto, nos sentiremos ainda em lágrimas. Precisamos renovar. Precisamos remoçar. Precisamos fazer alguma coisa para nos olhar no espelho e dizer: “posso todas as coisas naquele que me fortalece”, ou “somos mais que vencedores por aquele que nos amou”, ou “o choro pode durar toda uma noite, mas a alegria vem pela manhã”, ou “o Senhor é o meu Pastor, e nada me faltará”, ou “cairá o justo, mas o Senhor o levantará”, ou “vá mas não peques mais”.

Sozinhos nós não conseguiremos. Mas colocando o Senhor como nosso amparo, nosso libertador, nosso socorro bem presente na hora da angústia, teremos a mesma força de José, que chorou, mas conseguiu superar. E ele não chorou só aqui. Fez isso outras vezes, porque era um ser humano, sensível e de coração quebrantado. Mas em todas as vezes que fez isso, certamente lavou seu rosto, ergueu-se na força do Senhor e foi avante. Nós também lavaremos nossos rostos, nos ergueremos na força do Senhor e iremos avante, firmes, constantes, olhando para o alto e para a frente, com a graça de Deus!

Wagner Antonio de Araújo
Igreja Batista Boas Novas de Osasco SP
bnovas@uol.com.br
www.uniaonet.com/bnovas.htm
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sábado, 9 de outubro de 2010

NÃO SE TRAIA!!!

E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.
(Rm 12:2)

“Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.”
(Fp 4:8)



Muitas vezes o nosso maior inimigo é a nossa própria mente. Oramos e, em instantes, desconfiamos da misericórdia de Deus. Dizemos que estamos na paz de Deus, quando, na verdade, damos guarida aos maus pensamentos, às coisas perniciosas, à fita que está gravada na mente há tanto tempo: “não dará certo”; “fracassarei”; “já perdi”.

Pedro foi traído pela mente. Enquanto caminhou sobre as águas, sua mente não questionava se aquilo era ou não possível. Ele deixou-se levar pela segurança da fé no Senhor Jesus Cristo. Mas, ao questionar-se sobre a possibilidade de alguém caminhar sobre as águas, não conseguiu mais manter-se. Quem naufraga na fé também afunda no mar. Não fosse o socorro bem presente, recebido de Jesus Cristo, ele teria morrido. Ao final, recebeu a dura repreensão do Senhor: “Por que duvidaste?”

Nem todas as nossas orações são respondidas da mesma forma. Deus é soberano. Em alguns casos, sua resposta será NÃO. Mas não um NÃO "seco"; Ele fará com que esse NÃO seja aceito, compreendido e agradecido por nossa mente, pois “... a confiança que temos nele (é que), se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve.” (1Jo 5:14). Assim, se confiarmos nele, ou ele nos dará o que pedimos, ou nos dará o que for de Sua vontade, mas nos convencerá, nos alegrará e nos convencerá da resposta. Às vezes isso leva tampo. Mas, com paciência, chegamos lá.

Contudo, a nossa expectativa quanto às respostas do Senhor não deve ser a de recebermos um NÃO, mas um SIM! O NÃO é uma exceção. Nós geralmente consideramos invertidamente: aceitamos o NÃO como o de sempre, e o SIM como um acidente de percurso: “Aconteceu! Ah, deve ter sido mera coincidência, pura sorte, ia acontecer de qualquer jeito”. Meus irmãos, isso é terrível!

Devemos encher a nossa mente de tudo o que é verdadeiro! Devemos pensar que a honestidade nos fará prosperar, devemos ser justos na nossa maneira de avaliar, de julgar, de lucrar! Devemos ser puros, sem segundas intenções, sem pensar no pior, e amar não só o que fazemos, mas a quem servimos! Por último, devemos pensar em fazer tudo do jeito certo, da maneira correta, usando as virtudes do caráter humano, tão fora de moda, e realizar algo que possa ser lembrado (“puxa, eles trabalham de forma maravilhosa, e atendem tão bem!”)

Toda vez que nossa mente for invadida pelo medo, pelo calafrio do fracasso, pela imaginação de situações desafortunadas, de destruição e prejuízo, lembremo-nos das palavras do nosso Mestre: “NÃO TEMAIS!”; “NÃO TEMAIS!”; “NÃO TEMAIS!” Apresentemos a Deus os nossos pedidos, não como miseráveis pedintes, mendigos falidos, mas como gente amada por Deus, que fez do Senhor sua morada de paz, de segurança. Lembremo-nos disto: “Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Senhor onipotente descansará” (Sl 91.1).

Limpemos a nossa mente. Passemos um detergente mental, através da leitura do Salmo 23, 91, Mateus 6, João 14. Coloquemos um louvor para tocar, ou, quem sabe, uma música clássica, e estabeleçamos nosso alvo do dia. E não traiamos a nossa própria decisão! Vigiemos!

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Tanto Perto Como Longe

Meditação: Desvia os meus olhos para que não vejam a vaidade, e vivifica-me no teu caminho. (Salmo 119:37)

Pensamento: Quando Cristo é o centro da nossa vida, tudo o mais se resolve.

Leitura: Mateus 15:7-20.


Estava tudo tranquilo em nosso quintal. Enquanto trabalhava na mesa do pátio, nosso animal de estimação, Maggie, estava deitado na grama ali por perto. Um leve movimento de folhas secas mudou tudo. A Maggie efetuou o seu ataque, e logo estava correndo ao redor de uma árvore, onde uma marmota se agarrava firmemente ao tronco.
Maggie veio quando a chamei, mas não consegui fazê-la olhar para mim. Seu pescoço estava em uma posição rigidamente fixa. Embora estivesse perto de mim fisicamente, seus pensamentos e desejos estavam naquela marmota.
Maggie e aquela marmota lembram-me da facilidade com que fico preocupada com assuntos que tiram meus olhos de Jesus. Velhas tentações, novas responsabilidades, ou contínuos desejos de bens materiais ou prazer podem rapidamente tirar minha atenção do único que conhece e quer o que é melhor para mim.
Uma condição espiritual semelhante afligia os fariseus (Mateus 15:8-9). Estavam servindo no templo e instruindo os outros, mas seus corações estavam longe de Deus.
Nós também podemos ensinar e servir na igreja, e estar longe de Deus. Nossas atividades religiosas ficam sem sentido quando nossa atenção não está em Jesus. Se deixarmos de ter uma “dura cerviz” (Atos 7:51), o Senhor pode tirar nossos olhos de coisas sem valor e reavivar o nosso coração.

FONTE:
Julie Ackerman Link
Nosso Andar Diário – Ministério RBC
MENSAGENS Q EDIFICAM

terça-feira, 5 de outubro de 2010

A "igreja" que matou Jesus

A igreja que matou Jesus preferiu conviver com um marginal e assassino do que com Jesus.
A igreja que matou Jesus também matou os profetas.
A igreja que matou Jesus era religiosa.
A igreja que matou Jesus convivia com Ele, mas não o conhecia.
A igreja que matou Jesus era hipócrita.
A igreja que matou Jesus fazia do templo e da Palavra, comércio.
A igreja que matou Jesus envolveu-se com a política da época.
Na igreja que matou Jesus havia podres e sujeiras.
Na igreja que matou Jesus a última palavra era dos poderosos, os santos sumo sacerdotes.
Na igreja que matou Jesus a comunhão era fingida. O amor, discursivo.

Os religiosos da igreja que matou Jesus diziam-se santos, vestiam-se adequadamente, davam o dízimo, mas estavam prontos a apedrejar a pecadora.
A igreja que matou Jesus foi a igreja dos cidadãos da alta sociedade judaica, mas se assegurou de manter os marginalizados à margem.
A igreja que matou Jesus não frutificava.
Na igreja que matou Jesus havia muita reverência – aos homens – , mas poucos homens-referência.
Na igreja que matou Jesus vivia-se uma verdade inventada, dogmática.
Na igreja que matou Jesus a misericórdia tinha preço “$”.
A igreja que matou Jesus cumpria a Lei, mas desconhecia a Graça.
A igreja que matou Jesus ignorava Sua voz, mas orava em voz alta.
A igreja que matou Jesus tinha tanta convicção em suas verdades que o mataram.
A igreja que matou Jesus nem chegou a ser chamada de Igreja, mas ainda existe.

Você a conhece?

Jéssica Mara

http://oreinoemnos.blogspot.com/2010/09/igreja-que-matou-jesus.html

sábado, 2 de outubro de 2010

Dar Um Jeitinho - Toda vez que procuramos dar um jeitinho, deixamos de ser obedientes.

Meditação: Guardo no coração as tuas palavras, para não pecar contra ti. (Salmo 119:11)

Pensamento: Mesmo que nos desculpemos por desobedecer a Deus, continua sendo desobediência.

Leitura: Marcos 7:1-13.


Joana, de cinco anos, não estava começando bem o seu dia. Nenhuma tentativa de fazer o mundo girar de acordo com a sua vontade deu certo. Discutir não funcionou. Fazer cara feia não funcionou. Chorar não funcionou. Finalmente sua mãe lembrou-a de um versículo bíblico que vinha aprendendo: “Guardo no coração as tuas palavras, para não pecar contra ti” (Salmo 119:11).
Parece que Joana estava pensando neste versículo, porque respondeu rapidinho: “Mas, mamãe, não diz que eu não vou pecar; diz para eu não pecar”.
Essas palavras parecem bem familiares. Ouço com frequência discussões assim em minha própria mente. Existe alguma coisa muito atraente sobre dar um jeitinho, e o fazemos em qualquer lugar que haja uma ordem que não queiramos obedecer.
Jesus falou sobre este problema com os líderes religiosos que pensavam ter encontrado um jeitinho para suas leis religiosas (Marcos 7:1-13). Em vez de honrarem seus pais com ajuda financeira e material, dedicavam tudo que possuíam a Deus, portanto, limitando seu uso. Embora sua desobediência não fosse tão óbvia, Jesus disse a eles que tal comportamento era inaceitável.
Toda vez que procuramos dar um jeitinho, deixamos de ser obedientes.

FONTE:
Julie Ackerman Link
Nosso Andar Diário – Ministério RBC
MENSAGENS Q EDIFICAM